Alguns esperam a chegada do messias, outros esperam um grande amor e alguns aguardam a chegada do próximo pokémon, acho digno. Acho bem digno essa esperança que a gente têm de sempre esperar algo ou alguma coisa boa acontecer.
Vou confessar que eu tenho ficado um pouco pessimista nos últimos tempos, acho que é a idade ou algo do tipo, eu sei que coisas boas acontecem sem a gente esperar, mas estou esperando menos que o normal.
Apesar de ter uma coisa que estou esperando a tempos acontecer, e bem realista acho que não vai acontecer tão cedo: a (re)união do Brasil.
Quando a Dilma foi afastada eu pensei: pronto, agora posso acessar o Facebook sem correr o risco de ver alguma briga indigna ou me espantar com algum comentário absurdo.
Errei.
Tiveram eleições, denuncia do Lula, movimento separatista e daí por diante o pessoal continuou brigando.
Politizaram antes de educar.
Estamos perdendo a nossa capacidade de coexistência, por mais radicais que sejamos sempre temos que deixar uma porta aberta para opiniões diferentes. Caso contrário existe o risco de nos tornarmos tão chatos quanto aqueles que discordam de nós.
A prova da nossa evolução humana é usar nosso maravilhoso cérebro para ouvir aqueles que detestamos (se for Bolsonaro do outro lado, ok, pode sair correndo).
Mas talvez este seja um dos princípios da democracia na prática: se ouvir quem se detesta.
Pelo bem de minha saúde, de meus grupos de amigos estou passando inerte a tudo isso.
Não que não tenha opinião sobre os assuntos, aliás escrevi dias um artigo cientifico estudando ponto a ponto o Afastamento da pres. Dilma, desde a definição teórica de democracia por Noberto Bobbio, até o pedido de impedimento.
Mas ficarmos uns contra os outros está me cansando.
O FlaxFlu não nos leva a nada! Temos que ter a grandeza de reconhecer que, por muitas vezes, os dois lados da moeda têm razão.
Gente, combinemos, os assuntos passarão, mas a vida coletiva continua, e não adianta, não é possível vivermos em uma bolha, o diferente enriquece nossa cultura e nosso ser, até porque, confessamos, seria muito chato vivermos uma vida onde todos pensam igual uns aos outros.
Gente, calma aí.